Arauto: Janeiro Dezenove

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Janeiro Dezenove

Eu vejo prédios compondo a linha ao longe
Na rua, os carros passam aos montes
Seres impacientes, incomodados
Atravessam a rua
E o que eles querem lá do outro lado?
Vai, vê se esquece
Corre, cresce
Enquanto a chuva cai e a tarde vem
Janeiro dezenove
Tudo que pro sol, convém

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Prefácio

Ainda que tão somente, um único ser, seja capaz de se aproximar do real significado das palavras de um Poeta, acha-se aí, a lógica de sua existência como tal.
A princípio, exclua a possibilidade de entendimento dos escritos.
Limite-se na observância das próprias emoções, com o propósito de, assim, saciar seus anseios em cada letra que passar.

Aqui, o visitante terá acesso aos elementos vitais para a sobrevivência desses verdadeiros agentes transformadores.
Contamos também, com o apoio de colaboradores, que nos auxiliam na sustentação dos alicerces da poesia.
Juntos, abraçamos o mundo e encurtamos distâncias, através das palavras.

Guardamos nesse blog, a vida, como essência primeva da inspiração.
Além do sentido literal, Arauto, faz a vez de uma espécie de baú, cujo escopo do depósito é o sentir.

Boa leitura!

Fragmentos de Tuka Borba - Essas frases absurdas como minhas certezas.

O melhor de tudo é poder usar toda minha insanidade, e saber que nenhuma alma pode servir como parâmetro pra ditar as regras.

As verdades que a vida me mostrou até aqui, já são suficientemente fortes pra provocar a dor. Minta-me um sonho, daqui pra frente.

Calei, mas voltei a escrever pela insistência das reticências que me carregam pra todos os lugares.

Promessas. O pior de tudo é pagar as que eu nunca fiz.

Continuo copiando traços de tudo que não acontece, pra ver se desenho uma novidade qualquer.

A diferença entre o sagrado e o pecado está no vão das oportunidades.

São tantos os meus erros. Por algum, você tinha mesmo que se apaixonar.

A tempestade é meu elemento predileto. Por isso fico tão quieto diante do caos.

Ah, se existisse uma máquina de não voltar no tempo.

Mais um dia. Mais uma guerra sem razão, ainda que santa. Belíssimas cenas de destruição, anunciam o fim. Mas nisso ninguém repara.

Eu queria saber usar a expressão exata, pra contar tudo que eu nunca disse a ninguém.

Penso muito no meu futuro, mas do pretérito mais imperfeito que existe. Se eu pudesse amar, amaria a Maria.

No bom da minha história, arrancaram as páginas do livro. Por isso eu vivo nessa incerteza, na frieza de me guiar só pela capa.

E nós ainda perdemos tempo resolvendo diferenças tão iguais.

Seja aquilo que realmente você é, e esteja preparado pra receber o que é seu por direito.

Longe de você, só trago o que não presta pro lado de dentro. Eu tento, porque dói ser metade. Mas a saudade não cai em uma fraude sequer.

Sofro por te ver pedir. Sofro por não poder te dar. Sofro por me destruir. Mas e parar?

Todo mundo um dia, sofreu mais do que deveria. Somos viciados em dor.

Eu querendo tudo tão certinho, e outros tantos eus, com esse desejo doido e descartável.

É preciso ter muita coragem pra ter medo na hora certa.

O passado me faz revelar fotos que eu nunca tirei.

Me apaixonei por uma cidade que mora em outra mulher.

Tem horas em que só precisamos da verdade. Danem-se as consequências da dor.

Não deixe de gostar daquilo que não pode ter. O poder é temporário.

Mas, contudo, todavia, entretanto, senão, se e porém. Pequenos detalhes que mudam a trajetória de uma vida inteira.

Personalidade. Adquira.

Cada um sabe do seu cada qual de amor. Cada qual com seu valor.

Seria bom se o vento só levasse as coisas que eu não quero. Seria bom.

Pela mesma fresta que chove, também passa o sol.

Nem sempre pode lhe agradar, mas às vezes é o melhor que poderia acontecer.

Em cada marca no corpo, um momento, uma imagem que mesmo distorcida, o tempo não consegue apagar.

Se ao menos eu pudesse mentir pro lado de dentro.

Não preciso de falsos sorrisos. Já me engano o suficiente com os meus.

Aquelas coisas ingênuas que se perderam pelo caminho. Nós.