terça-feira, 18 de outubro de 2011

Preciso de um Paraquedas

Ontem -não necessariamente o dia anterior a este que você está lendo- fugi de casa
Coloquei meu colete à prova de balas de goma
Peguei meu martelo de martelar bife e saí
Não olhei para trás
Não olhei para os lados

Caminhei...
Corri...
Observei...

Acendendo estrelas com palitos de fósforos nos lugares mais escuros
Pelas ruas vazias
A caminhada solitária rumo a lugar algum
Parecia, no mínimo, interessante

Escutei passos, mas não eram os teus
Tive medo!
Uma chuva refrescante começou naquele instante e me confortou

As dúvidas vieram mais intensamente naquele momento
E por algum tempo não conseguia mexer-me e nem pensar em nada
Fui à beira do precipício das interrogações!

Pulo ou não pulo?
Pular ou não pular?
Eis a questão...

Verde.
Verde?
Verde!

Como já foram meus sonhos um dia

É a folha que cai planando sobre meus ombros
No ritmo da música que mais gosto

Levanto a cabeça e vejo estrelas
Resolvo voltar para casa e não pular

Voltei chutando pedras...


Willyam Braga de Almeida

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