Ontem -não necessariamente o dia anterior a este que você está lendo- fugi de casa
Coloquei meu colete à prova de balas de goma
Peguei meu martelo de martelar bife e saí
Não olhei para trás
Não olhei para os lados
Caminhei...
Corri...
Observei...
Acendendo estrelas com palitos de fósforos nos lugares mais escuros
Pelas ruas vazias
A caminhada solitária rumo a lugar algum
Parecia, no mínimo, interessante
Escutei passos, mas não eram os teus
Tive medo!
Uma chuva refrescante começou naquele instante e me confortou
As dúvidas vieram mais intensamente naquele momento
E por algum tempo não conseguia mexer-me e nem pensar em nada
Fui à beira do precipício das interrogações!
Pulo ou não pulo?
Pular ou não pular?
Eis a questão...
Verde.
Verde?
Verde!
Como já foram meus sonhos um dia
É a folha que cai planando sobre meus ombros
No ritmo da música que mais gosto
Levanto a cabeça e vejo estrelas
Resolvo voltar para casa e não pular
Voltei chutando pedras...
Willyam Braga de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário